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sábado, maio 08, 2004  

un petit peu de Reiser


posted by zazie on 21:48


 

sob escuta


posted by camponesa pragmática on 16:19


 

Na livraria de Serralves...

Andava à procura do livro de David Sylvester sobre Giacometti quando me surgiu no caminho uma preciosidade mas sobre isso falarei mais tarde. O que eu queria dizer agora é que numa prateleira bem em baixo descobri esta colecção da Quimera Editores. Não tenho a certeza mas desconfio que se trata do primeiro livro sobre Francis Bacon traduzido para português (se excluirmos o catálogo da exposição de Serralves). Numa vista de olhos rápida pareceu-me muito interessante. Formato de bolso mas com boa impressão em papel couché. Infelizmente só havia um exemplar já um bocado estragado, não o trouxe. No entanto vale a pena procurá-lo nas livrarias. Parabéns à Quimera.



posted by Anónimo on 14:50


 
Tenho vinte e muitos anos estou a meio da minha vida
e nada sei sobre o Guadalquivir.
Não sei das inundações arruinando searas
dos seus rápidos do infindável tráfego
que vai remando para jusante.
Histórico traiçoeiro rio
(será do Guadalquivir que falo?) muito dele tenho a aprender.
Uma manhã acordei sob estreita mão no meu ombro.
Que me queres? Queria conversar.
Que espécie de vida levas? Faço o que tenho a fazer.
Então fala-me do Guadalquivir.

Olhei apenas para as águas do rio (porque
me sentia tão só assim o cão de Francis Bacon
entre uma esquadria vermelha).
tenho muitos muitos anos e nunca estarei a meio da minha vida.

João Miguel Fernandes Jorge, “Turvos dizeres”, 1973

posted by Anónimo on 14:38


 

Prelude and Yodel

The music of the Penguin Café, Simon broadly regarded as "a very big yes to the survival of the heart in a time when the heart is under attack from the forces of coldness, darkness and repression." When forced to describe it more precisely, he called his music "imaginary folklore" and "modern semi-acoustic chamber music." He very much liked the comment of a Japanese girl who attended a Penguin concert in Japan and who said afterwards that the music sounded strange, because it was as if she'd heard it a long time ago. Dissolving the otherwise insuperable barriers of time and space was, and still, is an important function of the magic contained in his music. Simon Jeffes always conceived his Orchestra to be a fluctuating unit rather than a tightly cast group: aside from one other founder member, the cellist Helen Liebmann, there were no regular performers. Dozens of players passed though the Orchestra's ranks in the 24 years of its young life. "It is my context as a composer," he said. "I write for people rather than instruments."

Penguin Café Orchestra | Prelude and Yodel | Broadcasting From Home - EG Editions | © NPR

posted by Anónimo on 10:40


sexta-feira, maio 07, 2004  

belo como o encontro dum guarda-chuva e um cão numa mesa de autópsia



Os surrealistas defenderam apaixonadamente o filme «belo como o encontro dum guarda-chuva e um cão numa mesa de autópsia» na famosa frase de Breton que clamava «este sim, é um filme surrealista». Mas não foram os únicos: dum modo geral, toda a crítica reagiu bastante bem e o público encheu a sala (oito meses ficou o filme em cartaz). Buñuel ganhou 8000 francos, o que à época não era brincadeira.

João Bénard da Costa, Ciclo Luis Buñuel, Cinemateca Portuguesa, 1982

Un Chien andalou às 23h20 no arte (repete dia 10 de Maio à 1h35)

posted by Anónimo on 21:53


 

sob escuta


posted by camponesa pragmática on 21:28


 

A máquina de Joseph Walser #2

A maldade é uma categoria do raciocínio. Não é uma invenção sobrenatural, nem cresce a partir de substâncias inscritas nos vegetais comestíveis. A maldade é uma categoria do instinto, sim, mas também do raciocínio, da inteligência. Como se fosse uma etapa do percurso que o cérebro matemático faz quando pretende resolver problemas numéricos. Dedução, indução e maldade.

Gonçalo M. Tavares - A máquina de Joseph Walser
Caminho, Abril de 2004

posted by camponesa pragmática on 19:18


 

monticola solitarius
Já não me lembro em que estrada foi, distraí-me com o piano da Nina Simone e perdi o melro azul que esvoaçou mesmo à nossa frente.

a cisterna
A cisterna do Castelo de Marvão é enorme, escura e belíssima. Misturou-se às imagens dos meus filmes.

as pedras
Nas ruínas romanas de Torre de Palma as ervas e flores chegam aos joelhos. Havia um projecto para construir infra-estruturas de apoio mas a empresa que ganhou o concurso faliu e agora aquilo está quase abandonado. Um caminho mal sinalizado, construções feias e inacabadas; um senhor a remexer a terra, com um rádio portátil e um gato ao lado; e uma menina que faz de guia e vai apontando para as pedras escondidas pela vegetação. É tudo o que resta. Foi do vento nas ervas que mais gostei.

a estrada
A estrada mais bonita de toda a viagem acabou sem aviso. Sai de Serpa, em direcção ao Sul e devia chegar ao Pulo do Lobo mas ao fim de onze quilómetros foi tomada pela água e obrigou-nos a regressar. É estreita e quase não tem movimento (no percurso de ida e volta só nos cruzamos com um jipe). Uma ou outra curva e algumas lombas, como é habitual nesta zona do Alentejo. É ladeada por campos, árvores e muitos, muitos pássaros. Cheira bem. Imaginei que seria o paraíso para um ornitólogo. E depois de ver aquele campo de espigas luminosas e macias ondeando acreditei ainda em outras coisas.

o silêncio
Nas minas de São Domingos o silêncio parece uma ameaça. As paredes em ruínas, as cores metalizadas, a água contaminada. Só se ouvia um cão ao longe a ladrar. No entanto as cegonhas fazem ninhos e as flores voltam a crescer por ali.

os livros
Vemos, ouvimos e lemos: em Serpa encontrei “Os discípulos em Saïs” de Novalis (Fenda, colecção Cão Vagabundo) e umas “Cenas” muito engraçadas de Jacques Prévert (& etc).
Fonte de letras: na Rua das Flores em Montemor-O-Novo não resisti à “Rilkeana” Ana Hatherly (Assírio & Alvim).

posted by Anónimo on 17:20


 

O Atiçador...

Para o meu amigo Macguffinho, ele sabe porquê... ";O)

Lembro-me de, após uma palestra particularmente fastidiosa no Clube de Ciências Morais, Wittgenstein ter exclamado: “este género de coisa tem de acabar. Os maus filósofos são como senhorios de pardieiro. A minha função é acabar-lhes com o negócio” Maurice O’Connor Drury

O cerne da crítica de Popper era o seguinte: se Wittgenstein pretende recusar-se a aceitar uma pergunta da forma “pode alguma coisa ser vermelha e verde em toda a sua extensão?”, ele terá então de explicar com que fundamento o faz. Para diferenciarmos as proposições que são aceitáveis daquelas que o não são, precisamos de uma qualquer teoria do sentido. E isto tem de ser um problema, não um enigma.
A pretensão de Wittgenstein de que apenas existem enigmas é em si mesma uma pretensão filosófica, reivindica Popper. Esta pretensão poderá estar correcta, mas Wittgenstein tem de provar o seu ponto de vista, e não reclamá-lo. E, ao esforçar-se por o provar, ele será necessariamente arrastado para um debate em torno de um problema real— o problema da justificação da exacta posição ocupada pela sua fronteira entre o sentido e o não-sentido. Por isso, mesmo que a maior parte da filosofia trate de enigmas e não de problemas, tem de existir pelo menos um problema, ainda que todos os outros aparentes problemas não sejam mais do que enigmas.
Wittgenstein havia previsto esta objecção, mas a sua resposta foi ficar calado. Do mesmo modo que no Tractatus, a relação imagética entre a linguagem e o mundo não podia se exposta numa imagem, também tentar assinalar o limite entre o sentido e o não-sentido equivaleria a transgredir esse mesmo limite. “Acerca daquilo de que não se pode falar, tem de se ficar em silêncio.”

David Edmonds e John Eidinow, O Atiçador de Wittgenstein, Temas e Debates, Lisboa, 2003.

posted by zazie on 14:46


 

"Como su ritmo no hay dos"

Dizem. Conheço mal, conheço pouco, situação que penso alterar o mais rapidamente possível, mesmo muito rapidamente, porque sei que o que dizem é muito justo. É disto que eu mais gosto na música. De vez em quando, um continente, e eu mudar-me para lá como se nunca tivesse vivido antes. Este cheira a hortelã, rum e charutos.



Israel Lopez "Cachao"
© Mark Diamond/Diamond Images - 2002


posted by camponesa pragmática on 13:57


 

O vento sobre a terra (apontamentos de viagens)

página 61:
Caminhar. Pernoitar à beira do leito dos rios do Inverno, onde flui o tempo. Acordar com a chuva no rosto. Ouvir ao longe o ladrar dos cães nos pequenos povoados ou, do alto das serras, o comboio a percorrer as terras baixas, no crepúsculo. Olhar os campos de cereais, sentir o cheiro do pão. Beber a água das fontes esparsas. Seguir os trilhos indeléveis da paisagem. Atravessar cidades e os olhares diferentes do nosso. Viver a exaustão de um cansaço extremo, o desalento, o imenso calor, o gelo e o medo. Sentir a solidão. Perder o Norte. Oferecer a dignidade de uma face despojada à força de uma estranha vitalidade avassaladora. Renascer, reinventar a nossa condição humana, sentir uma energia renovada e misteriosa que nos toma os passos.

página 105:
(fotografia de) Luz (prox.). Mourão.

Duarte Belo
Livros de Fotografia, Assírio & Alvim

posted by Anónimo on 13:25


 

O vento nas árvores (de Moura a Mértola)

Quando estava a escrever esta música (para Le Pas Du Chat Noir) olhava muito pela janela para uma árvore que se movia com o vento e isso ajudou-me a encontrar o ritmo, esta espécie de elasticidade para o ritmo e para toda a música.

Anouar Bahrem| Leila au pays du carrousel (variation) | Le Pas Du Chat Noir

posted by Anónimo on 13:09


 

É bom coleccionar objectos, mas é melhor dar grandes passeios, Anatole France

Ir à granja provar o bendito vinho (Póvoa de São Miguel)

Subi à Serra da Adiça e só parei no Talefe (Sobral da Adiça)

Atrás da cabrada da Adua (Santo Aleixo da Restauração)

A Ronda das atalaias (Moura)

Hasta España, no rasto do contrabando (Amareleja)

Subir à serra alta para ver Safara do céu (Safara)

De Santo Amador a Moura, pelo caminho das alturas (Santo Amador)

© Percursos de Roda Pé

posted by Anónimo on 12:56


 


Je lance l’eau à L’assaut des pigments, qui défont, se contredisent, s’intensifient, ou tournent en leur contraire, bafouant les formes et les lignes esquissées, et cette destruction, moquerie de toute fixité, de tout dessin, est sœur et frère de mon état qui ne voit plus rien tenir debout.
Je ne délibère pas. Jamais de retouches, de correction.
Je ne cherche pas à faire ceci ou cela : je pars au hasard dans la feuille de papier, et ne sais ce qui viendra. Seulement après en avoir faut ces quatre ou cinq à la suite, parfois je m’attends à voir venir par exemple des visages dans l’air. De quel genre ? Aucune idée.


Henri Michaux

posted by zazie on 01:08


quinta-feira, maio 06, 2004  

A máquina de Joseph Walser

– Veja esta fábrica: estamos perante o espanto sobrenatural. Tudo é tão estupidamente previsível nestas máquinas que se torna surpreendente; é o grande espanto do século, a grande surpresa: conseguimos fazer acontecer exactamente aquilo que queremos que aconteça. Tornámos redundante o futuro, e aqui reside o perigo.
Se a felicidade individual depende destes mecanismos e se torna também previsível, a existência será redundante e desnecessária: não haverá expectativas, luta ou pressentimentos.
Fala-se em máquinas de guerra, mas nenhuma máquina é pacífica, Walser.

Gonçalo M. Tavares - A máquina de Joseph Walser
Caminho, Abril de 2004


posted by camponesa pragmática on 20:43


 

Budapeste

Já passava da uma quando fui para a cama nu, religuei a tevê, e a mesma mulher da meia-noite, uma loura com maquilhagem pesada, apresentava uma reprise do jornal anterior. Percebi que era uma reprise porque já tinha reparado na camponesa de rosto largo que encarava a câmera com os olhos saltados, empunhando um repolho do tamanho da sua cabeça. Balançava ao mesmo tempo a cabeça e o repolho para cima e para baixo, e falava sem dar trégua ao repórter. E espetava os dedos no repolho, e chorava, e esganiçava a voz, e tinha o rosto cada vez mais vermelho e inflado, e enterrava os dez dedos no repolho, e agora meus ombros se retesavam não pelo que eu via, mas no afã de captar ao menos uma palavra.

Chico Buarque - Budapeste
Dom Quixote, Fevereiro de 2004


posted by camponesa pragmática on 20:41


 

sob escuta






posted by camponesa pragmática on 20:40


 

Poemes objecte


"Intermedi", 1991. Una orquesta ha
deixat descansant els seus
"instruments" per fer una pausa en
l'espectacle.


"Yacht", 1990. Brossa omple una
banyera amb una pila de
quadres de paisatges.

© Joan Brossa


posted by camponesa pragmática on 00:22


 

© Chema Madoz


posted by camponesa pragmática on 00:06


 

Fotopoemario - XI / De sobte...

De sobte se senten uns sorolls, alhora que s'obre
la porta de la sala. Una vella ve a fer-nos saber
que Jim és un gat. Això passa a les onze de la nit,
i a las dotze torna a passar el mateix, aquesta vegada
per sol fet d'agafar un paraigua.

© Joan Brossa & Chema Madoz
Fotopoemario | La Fabrica - 2003


posted by camponesa pragmática on 00:02


quarta-feira, maio 05, 2004  

Fotopoemario - VIII / Cosmos

Diuen que es desconeixen els papers que juguen
els camps magnètics en la formació d’ estels
i que tampoc no coneixem prou les característiques
de la pols i el gás interestel.lars dels quals
neix la nova generación d’estels.



© Joan Brossa & Chema Madoz
Fotopoemario | La Fabrica – 2003


posted by camponesa pragmática on 23:27


 

© Soares Branco | 2004


posted by camponesa pragmática on 20:04


 

Fim da Segunda Grande Guerra foi afinal um milagre do Dr. Sousa Martins!

Acho que vou voltar a ver televisão. As coisas que eu perco. Contaram-me ontem que num interrogatório violentíssimo de cultura geral a que são submetidas as candidatas a Miss Portugal, e que terá passado na Sic, se soube que, afinal, o desembarque das tropas aliadas no Dia-D teve lugar no Desterro (D de Desterro, pois). Sim, no Desterro. E eu sem saber que as fotografias do Capa tinham sido tiradas tão perto! Mas agora compreendo eu porque é que correu tudo tão bem: o Dr. Sousa Martins não dorme em serviço, ainda que aparente toda aquela quietude, e os fluídos milagrosos terão, certamente, banhado os aliados, além, é claro, das águas da agora extinta praia lusitana. Pergunto: para quando uma placa de agradecimento pelo fim da guerra aos pés do santo? Para quando uma retrospectiva do Capa no local, por exemplo e sem ser por acaso, no Göethe Institut?


© Dias dos Reis

posted by camponesa pragmática on 15:10


 

© Elliott Erwitt


posted by camponesa pragmática on 14:31


 

Sobre o post anterior

Mas não é bem assim, pois não? Há muitas coisas que eu tenho pena que tenham acontecido antes do meu nascimento. Tenho pena, por exemplo, de não ter vivido quando Jelly Roll Morton viveu e em redor dos sítios onde ele viveu. Tenho pena que a Florença do Renascimento tenha passado sem eu estar no mundo e de poder, quanto muito, imaginá-la... também não é mau e talvez seja mais seguro, mas não é a mesma coisa. Mas do que eu tenho mesmo pena é de ter perdido o Festival da Canção que Eduardo Nascimento ganhou nos Anos 60. Ouçaaam, ouçaaam! O vento mudou e ela não voltou... Ouçaaam... ! Isto sim parte-me o coração.

posted by camponesa pragmática on 14:27


 

...
El más memorable de los argumentos dados por Lucrecio es éste: Una persona se queja de que va a morir. Piensa que todo el porvenir le será negado. Como dijo Victor Hugo: «Iré solo en el medio de la fiesta/ nada faltará en el mundo radiante y feliz». En su gran poema, tan pretencioso como el de Donne – De rerum natura o De rerum dedala natura – (De la naturaza intrincada de las cosas) –, Lucrecio usa el siguiente argumento: «Ustedes se duelen porque les va a faltar todo el porvenir; piensen, sin embargo, que anteriormente a ustedes hay un tiempo infinito. Que cuando naciste – le dice al lector – ya había pasado el momento en que Cartago y Troya guerreaban pelo imperio del mundo. Sin embargo, ya no te importa, ¿entonces, cómo puede importarte lo que vendrá? Has perdido el infinito pasado, ¿qué te importa perder el infinito futuro?»

Jorge Luis Borges | La inmortalidad



posted by camponesa pragmática on 14:05


 

sob escuta


posted by camponesa pragmática on 12:47


terça-feira, maio 04, 2004  

Francisco Orelana

Tem bode intelectual pró meu amigo Animal


posted by zazie on 17:18


segunda-feira, maio 03, 2004  

sob escuta


posted by camponesa pragmática on 22:57


 

recordando o Henfil

Para o menino PC



Graúna

posted by zazie on 21:01


 

Silencio...

Camille : - Tu vois mes pieds dans la glace ?
Paul : - Oui.
Camille : - Tu les trouves jolis ?
Paul : - Oui, très.
Camille : - Et me chevilles, tu les aimes ?
Paul : - Oui.
Camille : - Tu les aimes mes genoux, aussi ?
Paul : - Oui, j'aime beaucoup tes genoux.
Camille : - Et mes cuisses ?
Paul : - Aussi.
Camille : - Tu vois mon derrière dans la glace ?
Paul : - Oui.
Camille : - Tu les trouves jolies mes fesses ?
Paul : - Oui... très.
Camille : - Et mes seins, tu les aimes ?
Paul : - Oui, énormément.
Camille : Qu'est-ce que tu préfères : mes seins, ou la pointe de mes seins ?
Paul : - J'sais pas. C'est pareil.
Camille : - Et mes épaules, tu les aimes ?
Paul : - Oui.
Camille : - Moi j'trouve qu'elles sont pas assez rondes... Et mes bras ?
Paul : - Oui.
Camille : - Et mon visage ?
Paul : - Aussi.
Camille : - Tout ? Ma bouche, mes yeux, mon nez, mes oreilles ?
Paul : - Oui, tout.
Camille : - Donc tu m'aimes totalement !
Paul : - Oui. Je t'aime totalement, tendrement, tragiquement.
Camille : - Moi aussi, Paul.



Le cinéma substitue à notre regard un monde qui s'accorde à nos désirs.

There were kings here...

When I hear the word "culture", I bring out my cheque



Montez dans votre Alpha, Roméo !



"O meine Brüder wenn ihr nach hundert tausend
Gefahren die Grenzen des Occidentes habt erreicht...
Zögert nicht den Weg der Sonne folgend
Die unbewohnten Welten zu ergründen."

O mes frères, qui à travers cent mille dangers
Etes venus aux confins de l'Occident,
Ne vous refusez pas à faire connaissance
En suivant le soleil du monde inhabité."
"Déjà la nuit contemplait les étoiles
Et notre joie se métamorphose en pleurs"


"Furchtlos bleibt, aber, so muss der Mann,
Einsam vor Gott es Schütze die Einfalt ihn,
Und Keiner Waffen braucht's und Keiner
Listen, so lange, bis Gottes Fehlt hilft"

Mais l'homme, quand il le faut, peut demeurer sans peur devant Dieu. Sa candeur le protège et il n'a besoin ni d'armes ni de ruses, jusqu'à l'heure où l'absence de Dieu vient à son aide."

"So lange der Gott nicht da ist"

"Tant que Dieu n'est pas là"

"So lange der Gott nahe ist"

"Tant que Dieu nous demeure proche"




Ce n'est plus la présence de Dieu, mais l'absence de Dieu, qui rassure l'homme.



"Hollywood, un extrait d'une ballade du pauvre B.B.",



J'avais souvent pensé depuis quelque temps que Camille pouvait me quitter, j'y pensais comme à une catastrophe possible ; maintenant j'étais en pleine catastrophe.

"Autrefois tout s'accomplissait avec une inadvertance rapide, folle, enchantée, et je me retrouvais dans les bras de Paul sans presque me souvenir de ce qui s'était passé."



Je te mépris !

Et maintenant, cette inadvertance était totalement absente de la conduite de Camille et par conséquent de la mienne. Pourrais-je même sous l'empire de l'excitation des sens, observer ses gestes d'un regard froid comme elle, sans doute, pourrait à son tour regarder les miens ?...



Silencio...



posted by zazie on 15:49


 

sob escuta


posted by camponesa pragmática on 14:44


 

The Sleepers

No map traces the street
Where those two sleepers are.
We have lost track of it.
They lie as if under water
In a blue, unchanging light,
The French window ajar

Curtained with yellow lace.
Through the narrow crack
Odors of wet earth rise.
The snail leaves a silver track;
Dark thickets hedge the house.
We take a backward look.

Among petals pale as death
And leaves steadfast in shape
They sleep on, mouth to mouth.
A white mist is going up.
The small green nostrils breathe,
And they turn in their sleep.

Ousted from that warm bed
We are a dream they dream.
Their eyelids keep up the shade.
No harm can come to them.
We cast our skins and slide
Into another time.

Sylvia Plath


posted by camponesa pragmática on 14:43


 

Periplus: Magnum Photographers in Contemporary Greece


© Carl De Keyzer

Carl De Keyzer, Bruce Gilden, Jim Goldberg, Nikos Economopoulos, Josef Koudelka, Constantine Manos, Miguel Rio Branco, Lise Sarfati, Alex Webb, Patrick Zachmann, Richard Kalvar e Mark Power.

Exposição – aqui.



posted by camponesa pragmática on 14:41


 


MAGNUM IN MAY is a photographic and cultural event taking place throughout New York City in May 2004. Twenty-one museums, galleries and cultural institutions will be participating, mounting exhibitions of work by Magnum photographers.

Coinciding with the fiftieth anniversaries of the deaths of Magnum founder Robert Capa and early member Werner Bischof, the event serves not only to honor these great photographers’ work and that of other well-known Magnum members, but also to look forward at today’s creative talent, and to examine the evolution and breadth of the Magnum tradition.



Mapa – aqui.
Programa – aqui.


posted by camponesa pragmática on 14:20


domingo, maio 02, 2004  

Sir Georg Solti's web documentary

De Karajan é costume a minha memória saltar quase imediatamente para outro maestro, o meu: Sir Georg Solti. Até aos dez anos eu ouvia música num gira-discos que pertenceu ao meu pai na adolescência e, além dos discos da minha colecção infantil, era-me permitido manusear apenas singles descartáveis cujo estrago seria indiferente. Quando fiz dez anos, os meus pais acharam que eu já era suficientemente responsável para poder passar a usar a aparelhagem deles e ouvir, sozinha, os discos deles. Começaram as descobertas. Um dia, aconteceu-me Beethoven, a 5ª Sinfonia. O mundo cresceu nesses minutos, tornou-se assombroso. Percebi que se podia viver e morrer na música, várias vezes, nenhuma delas definitiva. Sir Georg Solti dirigia a Orquestra Sinfónica de Chicago.



Sir Georg Solti's web documentary


posted by camponesa pragmática on 21:39


 

sob escuta



Este disco é tão grande, tão maior que tudo. Fico com pena dos meus entusiasmos, de não os refrear, de gastar as palavras - sublime, por exemplo, uso-a com coisas que não merecem, só porque me entusiasmo - com coisas que passam mais ou menos depressa, coisas não essenciais.

Ouço-o menos do que devia. Devia ouvi-lo pelo menos todas as semanas durante um dia inteiro. Como hoje. Para saber exactamente o que é que importa.


posted by camponesa pragmática on 18:58


 

sob escuta




Momus

"I Was A Maoist Intellectual"

I was a Maoist intellectual in the music industry
I always knew that I could seize the world's imagination
And show the possibilities for transformation
I saw a nation in decay, but also a solution: Permanent cultural revolution
Whenever I played my protest songs the press applauded me
Rolled out the red carpet, parted the Red Sea
But the petit bourgeois philistines stayed away
They preferred their artists to have nothing to say

How did I pass my time on earth? Now it can be revealed:
I was a Maoist intellectual in the entertainment field

I showed the people how they lived and told them it was bad
Showed them the insanity inside the bureaucrat
And the archetypes and stereotypes that were my stock in trade
Toppled all the ivory towers that privilege had made
Though I tried to change your mind I never tried your patience
All I tried to do was to point out your exploitation
But the powers that be took this to be a personal insult
And refused to help me build my personality cult

How did I pass my time an earth, what on earth got into me?
I was a Maoist intellectual in the music industry

I left the normal world behind and started living in
A hinterland between dissolution and self discipline
I burned the midnight oil to build my way of seeing
A miner at the coal face of meaning
The rich despised the songs I wrote which told the poor their worth
Told the shy to speak and told the meek to take the earth
But my downfall came from being three things the working classes hated:
Agitated, organised and over-educated

How did I pass my time on earth, how did I bear witness?
As a Maoist intellectual in the entertainment business
And how was I treated in this world and in this industry?
As a Maoist intellectual in a business would be

I became a hotel doorman, I stood there on the doormat
Clutching my forgotten discs in their forgotten format
Trying to hand them out to all the stars who sauntered in
The ones who hadn't been like me, who hadn't lived in vain
I gave up ideology the day I lost my looks
I never found a publisher for my little red books
When I died the energy released by my frustration
Was nearly enough for re-incarnation
But if I could live my life again the last thing that I'd be
Is a Maoist intellectual in the music industry
No, if I could live my life again I think I'd like to be
The man whose job is to stop the men who think like me
Yeah! If l could live my life again that'd be the thing to be
The man who plots the stumbling blocks
In the lives of the likes of me!


posted by zazie on 14:53


 
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