Li a notícia e saí à procura de uma história para oferecer à Alexandra. Na Rua Miguel Bombarda (mas antes, repara como está bonito e avermelhado um determinado muro no Largo da Maternidade), encontrei esta pequena história que, com apenas setenta e quatro palavras, fala de borboletas, sonhos, relva, uma lareira, um paradoxo e jogos de cartas.
Do Bestiário, de José Alberto Oliveira:
AS BORBOLETAS vivem no sonho dos homens.
Os homens vivem no sonho das borboletas.
Um filósofo oriental especulou ser impossível distinguir o sonhado de quem sonha.
Este tipo de paradoxos é irritante nas noites de inverno, mas agradável nas tardes de primavera. Embora seja mais agradável estar deitado na relva, beijando uma rapariga.
Nas noites de inverno é agradável discutir o paradoxo de Epiménides, à lareira, beberricando. Embora seja mais agradável jogar às cartas.
Agora, sim, completo. Fui comprá-lo esta manhã. Depois de duas audições seguidas, vou agora na enésima repetição do primeiro vício deste disco: «Paranoid Android» (como podem 19 minutos e 29 segundos de música passar tão depressa e passar tão devagar?). Diz que "Live in Tokyo" tem outras faixas. Ou terá só esta? Como é lindo, isto.
1900 Nascimento de Robert Desnos a 4 de Julho, em Paris, no nº 32 do Boulevard Richard-Lenoir, no 11º Bairro. O meio familiar era o da pequena burguesia, com uma situação económica folgada. Seria educado no respeito da ordem e dos valores correlativos: trabalho, poupança, família, religião, pátria.
1902 Mudança da família para o 4º Bairro, na Rue Saint-Martin. O escritor evocará sempre com emoção esse bairro, as suas ruas, os seus homens de artes e ofícios.
1905 Ingresso numa escola laica, onde se sentirá feliz.
1910 Em Janeiro deste ano assiste à prisão de um tal Liabeuf, sapateiro e rufia condenado à morte pelo assassínio de um polícia e ferimentos em vários outros. Anarquistas e socialistas revolucionários manifestaram-se no dia da execução da sentença. Liabeuf morre a gritar "Viva a anarquia! Morte à bófia!"
1911 Com dez anos, faz a primeira comunhão.
1913 Entra numa escola comercial, mas as matérias de estudo desiludem-no. Em contrapartida, devora romances populares e bandas desenhadas e lê apaidonadamente Baudelaire e Victor Hugo.
1916 Contra a opinião do pai, abandona os estudos para se dedicar à literatura. Começa a conviver com escritores: Henri Jeanson, Armand Salacrou, Georges Limbour...
1918 Publica os primeiros artigos na revista de Henri Barbusse "La Tribune des Jeunes".
Em Novembro, fim da guerra. Desnos é chamado para o serviço militar apenas em Março de 1920.
1921 Primeiro encontro com André Breton, por intermédio de Benjamim Péret.
Em Maio embarca, como cabo, para Marrocos, de onde regressa, meses depois, com o posto de sargento.
1922 a 1924 Retorna à vida civil com a preocupação de recuperar o tempo perdido (por causa da tropa falhara, designadamente, grande parte da agitação do movimento Dada) e de "adquirir uma liberdade urgente que os meus pais me recusavam".
Integra o grupo da revista Littérature e faz a primeira experiência de escrita automática com Nouvelles Hébrides. Revela-se também um médium fora de série, capaz de comunicar, por exemplo, com Robespierre ou Victor Hugo.
O Manifesto de 1924 confirma o lugar de relevo que Desnos, por esta época, ocupava no movimento surrealista.
Colabora em vários jornais, fazendo crítica literária e cinematográfica. Em Julho de 1924 André Breton declara a Le Journal Littéraire que "o surrealismo está na ordem do dia e Desnos é o seu profeta".
Apaixona-se pela comediante belga Yvonne George e começa a fumar ópio.
Em Dezembro de 1924, aparecimento de Deuil pour Deuil, o seu primeiro livro publicado.
1927 É redactor do novo jornal de Eugène Merle, Paris-Matinal Breton, Aragon, Péret e Éluard aderem ao Partido Comunista, não sendo seguidos por Desnos.
Publica La Liberté ou l'Amour!, que lhe valeu um processo por licenciosidade e anticlericalismo.
1928 Publica no Paris-Matinal Jack l'Eventreur, uma série de nove artigos, no período de 29 de janeiro a 7 de Fevereiro. No mesmo jornal publica também, entre 9 e 18 de Fevereiro, nova série de artigos sobre outro célebre criminosos sádico, este de nacionalidade francesa, Vacher l'Eventreur.
A 21 de Fevereiro parte para Cuba, a fim de assistir em Havana a um Congresso da Imprensa Latina. Aí se encontra com escritores com quem faz amizade (Miguel Angel Asturias, Corpus Braga, Alejo Carpentier), descobre a música cubana e frequenta os meios revolucionários da ilha, onde permanece cerca de quatro semanas. De regresso a Paris, traz com ele Alejo Carpentier, com quem virá a colaborar assiduamente.
Man Ray realiza o filme L'Étoile de Mer a partir de poema e script de Desnos.
Début de cauchemar dont je ne puis absolument pas me rappeler:
«L'atelier de Breton. Celui-ci marche de long en large du piano à la fenêtre.
«Il dit des choses d'un tragique absolu, dans une atmosphère d'angoisse absolument inouïe, à Morise assis sur le canapé contre le mur. Simone Breton ni Vitrac ni moi n'étions là: je me suis inquiété de savoir si Simone et Vitrac étaient là et m'étonnai même de leur absence; quant à moi je n'étais pas là et cette partie du cauchemar était de l'ordre de la voyance à distance ou de la projection cinématographique.»
Je me suis renseigné le soir du 25-9-22 auprès de Morise et de Breton: à 7 heures du soir le 24 Breton avait développé à Morise ses idées sur la ligne nouvelle à suivre en général et son opinion sur M. Duchamp en particulier. Conversation d'un tragique réel pour André Breton et ses amis. Ce cauchemar commencé après 22 heures (heure du coucher) se termina avant 23 heures (heure d'un réveil en sursaut) pour reprendre vers 24 heures et approximativement et se terminer par une sorte d'inondation de couleurs de la consistance d'un fluide.
Robert Desnos, Nouvelles Hébrides et autres textes
Nasceu em minha casa há treze anos. Não me lembro da data da fotografia. mas sei que quando ele olha para mim assim, consegue tudo. É europeu, tigrado e rafeiro. Já o salvei de uma queda do quinto andar e acalmo-o quando há trovoada. Ele, sempre que pode, adormece-me. Não passamos um sem o outro.
posted by Anónimo on 13:53
Conhecido pelo "Ed Wood do soft porno", ou o "Fellini do sexo", esta figura lendária que faleceu ontem aos oitenta e dois anos, deixou o filme mais tonto da história do cinema- Beyond the Valley of the Dolls. Tão mauzinho e tão moralista que se torna um delicioso disparate. O mérito não estava propriamente no sexo mas na louca fixação que ele tinha por maminhas. Fosse qual fosse a cena a filmar, a câmara apontava sempre ao nível dos decotes. Tanto se dava se era close up ou plano americano- as maminhas tornavam-se um autêntico "emplastro"; não importava a quem pertenciam nem se vinham ao caso; tapavam tudo o resto e até se chegava a duvidar de onde saiam os diálogos...
O Vale das Bonecas é o o apogeu do estilo. Uma história de roqueiras das berças que se perdem na grande cidade. Um cocktail de underground com gore à mistura, ambição e corrupção, castigo e arrependimento e um final feliz, onde tudo volta à normalidade e pureza idílica porque a carne e as maminhas são mesmo assim, tal como o Russ - sem culpa do pecado.
Aqui fica só um cheirinho deste nonsense do porno, que isto aqui é um blogue muito sério. Mas quem quiser pode encontrá-lo à venda na Fnac ou pedir-me emprestado ";O)
1950's Sex Education Record - #1 - "For Young Boys"
[transcrição da introdução]
(violinos)
(mais violinos)
(muitos violinos)
This is the first of a series of four recordings on a problem that bothers so many parents today: what should I teach my child about sex? and, particularly, how should I go about it? It's intended for use by parents organizations and PTA groups, not for children. It's not designed to be followed word for word but to serve as a basis for discussion, as an illustration on how the beautiful story of Creation can be told to children in a frank but perfectly natural way, that combines both spiritual and biological elements. Only you, the parent, can decide how and when to give these instructions to your child, but these little scenes, by suggesting a phrase or a situation, may make your talk easier.
(violinos)
(mais violinos)
(poderosa catarse de violinos)
(pausa)
In this first recording, a little boy, who might be four or six, has just discovered that the neighbour's dog has given birth to a litter of puppies. Out of this natural situation arises the first question usual in all sex instructions: where do babies come from? The father, who might be you, answers him truthfully, seriously, but in a natural informal way.
Notice two things: first, the father introduces the name of God and the divine plan of reproduction very early, and this identification of God with Creation carries naturally through the dialogue; second, although the father answers the boy's further question - how does a baby gets out of his mother's body? -, that he gives a minimum of feminine anatomy at this stage and avoids arousing empty curiosity.
In real life this instruction might extend over two or three talks. The child's curiosity should govern though we should be careful not to give him more than he can handle at first.
(pausa)
(som: alguém a serrar lenha)
(som: homem a cantar que odeia serrar lenha)
[/transcrição da introdução]
Segue-se o diálogo. A minha gravação (cuja proveniência editorial desconheço, excepto que é norte-americana) tem, além desta primeira faixa, mais três faixas: "Explaining Menstruation" [for young girls, obviously], "The Problem With Growing" [for young boys, once more, this time about weird dreams], "The Marriage Union" [para ambos]. Procurei transcrições disto na internet, mas não consegui encontrar. Daqui a uns dias passo mais um bocado.
> O alfarrabista da Rua Formosa foi substituido por uma loja de acessórios de moda. Foi lá que encontrei a Zazie do Queneau, dois contos do Pavese, um livro do Pasolini..., a partir de agora, só se for um gancho para o cabelo.
> Por falta de espaço em casa, tenho por regra não comprar os livros que existem na Biblioteca Almeida Garrett mas, como resistir ao Carpinteiros, Levantem Alto o Pau de Fileira de J. D. Salinger (Quetzal) por dois euros e setenta e quatro cêntimos, na fnac do norte shopping?
>Wanda de Barbara Loden chega hoje ao Porto. A estreia é na sala 3 do cinema Cidade do Porto. Sessões todos os dias às 14h00, 16h30, 19h00 e 21h30. Sexta e sábados também às 00h00. Wanda é um mistério.
> A não perder: Bernardo Sassetti, amanhã à noite no Rivoli, a abrir o Festival de Jazz do Porto. Os bilhetes custam 10 euros e ainda não esgotaram. O rapaz merece casa cheia.
> Marcar na agenda: dias 1 e 2 de Outubro, Festival para Gente Sentada, no Teatro António Lamosos em Santa Maria da Feira:
Dia 1: Rosie Thomas (EUA) | Sufjan Stevens (EUA) | Nicolai Dunger (SWE)
Dia 2: Devendra Banhart (EUA) | Robert Fisher (EUA) | Kate Walsh (UK)
O bilhete para uma noite custa 15 euros e para as duas, custa vinte.
> À revelia, o Verão continua a brilhar por toda a região.
> Acabei de comprovar: as camélias sazanka têm cheiro e, com o calor que faz, o perfume é intenso.
If you asked 20 scientists what they thought they were doing, or what they thought the point of science was, I would think that most of them would come up with an answer something like, we want to understand the world, we want to see how the world works. If you asked 20 artists the same question - what are you doing it for, what does art do for us - I guarantee you'll get about 15 different answers, and the other five will tell you to mind your own business. There is no consensus whatsoever about what art is there for although some people will say, well, it's to make life more beautiful.
Here I am, an artist - who reads mostly science books - like most other artists. I know very few artists who read books about art. Why, I ask myself, is there not a conversation of that quality in the arts? Many artists normally are talking about science, they're not talking about art - there is not a developed language, for having a conversation about the arts.
No "Montanha Mágica", Hans Castorp discorria sobre o paradoxo que é o início oficial das estações segundo os calendários. Quando uma estação começa, na verdade acabou.
O Outono prepara-se desde o Solstício de Verão, a partir do qual os dias começaram a minguar. A partir da data em que o calendário marca o início do Inverno, no dia seguinte à noite mais longa do ano, os dias crescem outra vez.
A pensar nisto consegui por fim reduzir a pior percepção do Inverno a um mês e pouco: de meados de Novembro até ao dia em que em Dezembro se dá o Solstício, normalmente coincidente ou muito próximo do Natal.
O Inverno é muito mais bonito do que parece. Segundo tenho observado, no dia a seguir ao Solstício de Inverno, a tarde cresce de forma perceptível. E até ao Equinócio de Primavera quase todas as coisas que a fazem já deram sinal.
Informações relevantes:
Estações de sol minguante: Verão e Outono.
Estações de sol crescente: Inverno e Primavera.
JB: But you're an artist. Why are we talking about Darwin?
ENO: Most of the questions I'm interested in about art and culture really are based on trying to look at them with some kind of big theory of that kind, which is not oblique, not mysterious, is quite easily graspable, and would allow a real discussion about culture. It's partly because I think most art writing is absolutely appallingly bad.
My first mother-in-law, that's to say the mother of my first wife, was a very interesting woman who lived in Cambridge, and had a salon, at which quite a lot of very good scientists would appear, Francis Crick, John Kendrew, Herman Bondi, among others. Her name was Joan Harvey and she ran a thing called the Cambridge Humanists. She's a very bright and interesting woman. I met her daughter, and was taken home, and got along very well with Joan. I was 17 at the time. One day Joan said to me, it's all very well what you do, but I just don't understand why someone with a brain as good as yours wants to waste it being an artist. This question cut me to the quick in a way. I came from was working-class where nobody particularly cared what you did. It was the first time that anyone had ever cared. Then I fell in with a lot of arty people, who of course assumed that being an artist was a wonderful thing, and never bothered to ask the question about why - about what the point of it might be, or what it actually did for anybody. Joan asked that question, and I never stopped thinking about it. That was the beginning of an interesting double life, because part of my life of course is being an artist, but the other part, and just as interesting to me, is wondering what it is I'm doing, or what everybody else is doing - asking what it's for.
Hoje abandono a janela. Dou um salto para o lado, para a festa. É o primeiro aniversário de um dos meus blogs mais preferidos: Quartzo, Feldspato & Mica. Muitos agradecimentos por tudo e muitos parabéns para o António Pedro Pombo, Nuno Corvacho, Rui Manuel Amaral, João Luís Barreto Guimarães, Manuel Resende, Rui Lage e Sophie.
Agora tenho que me despachar que a missa está quase a começar. Encontramo-nos na Sé.
Gostei de ver um dos meus heróis na primeira página do Público de ontem, de corpo inteiro. De manhã, comentava isso aqui no escritório quando um colega mais novo, intrigado com tanto entusiasmo, me perguntou: mas afinal quem é o Corto Maltese?
Falei-lhe das aventuras do marinheiro, dos gatos de Veneza, dos oceanos e dos barcos, das reuniões secretas, das fugas, das belas mulheres, dos enigmas, de Jack London, do monge... Às tantas já nem dizia nada com sentido, limitava-me a sorrir. Não me fiz compreender, claro que não. Pediu-me provas. E eu sem saber que álbum escolher, a balada? a fábula? Samarcanda?
A primeira vez que me cruzei com Corto, nas revistas do Tintin do meu irmão, não lhe prestei atenção, era ainda tempo de heróis coloridos. Só alguns anos mais tarde cedi ao fascínio do marinheiro e deixei-me enredar, vezes sem conta, no belo traço preto de Hugo Pratt. Mais recentemente, em releituras, rendi-me aos encantos cínicos de Cush e agora até temo que, ao voltar de novo aos livros, ache o Raspoutine belo e irresistível. Isto explica-se?
Ah sim, para iniciar o Miguel, escolhi o Tango Argentino, com as enigmáticas duas luas... não interessa saber quem é o Corto Maltese.
Nesses dias distantes eu vagueava pelas matas
enchia a espingarda de chumbo e disparava
contra o silêncio das árvores altas
só para assistir ao espectáculo dos pássaros
em debandada
Experimentava uma exaltação - de que tenho hoje pudor
perante imagens que partem:
fragmentos rápidos, passagens, segredos que se apagam
nesses dias distantes nem suspeitava
a vida pode ser interminável
O que deixaste abandonado regressa - aprende-se depois
quando, por exemplo, a esquecida infância se parece
com certos cães deixados de propósito a muitos quilómetros
que ladram não se percebe como
à porta da velha casa
Robert Desnos: "Eu não creio em Deus, mas tenho o senso do infinito. Não há espírito mais religioso que o meu. Eu tropeço sem cessar em questões insolúveis. As questões que eu mais desejo admitir são todas elas insolúveis"
Malditos sejais, hipócritas!
Malditos sejais, e tu, e tu também!
Pobres de vós, homens de pouca fé,
Malditos sejais, pois que não acreditais em mim.
...Maldito seja todo aquele que não tem fé,
Pois só aqueles que têm fé entrarão no Reino dos Céus.
Já não há milagres hoje em dia...
Sabe em que é que eu acredito?
Que acontecem muitos pequenos milagres invisíveis.
Deus ouve as nossas preces, mas concede os seus favores ocultamente.
Reuni os pedaços. Que nada se perca.
Tu homem de fé, nem tu próprio acreditas. As pessoas crêem no Cristo morto,
Mas não no Cristo vivo.
O que é que não suportais em nós?
-Primeiro essa treta da conversão.
-Depois essas caras amarguradas
-Depois essas caras amarguradas
-Vocês são os Cristãos alegres e folgazões,
Enquanto nós somos as almas graves e melancólicas.
Mas se é um cristão alegre, porque anda sempre com esse ar tão triste e solene? Eu sinto-me livre e contente, sei que Deus me receberá no Paraíso.
-Enquanto as pessoas como nós estão condenadas aos tormentos eternos do Inferno,
não é?
O Senhor com a ampulheta e a segadeira...
O próprio Deus desceu até nós,
Com a sua segadeira e a ampulheta.
Não, não, isto é uma loucura...
E, contudo, quem pode distinguir a loucura da razão?
-Está a ficar mais próximo de Deus
Só precisa de dizer a palavra.
Anda à procura de uvas no meio dos espinhos e não dá atenção à vinha que tem junto de si.
Tu, criança, deste mundo!
...apesar de ser assim, não os faz. Os milagres são contra-natura. Ele não pode contrariar-se a si mesmo.
É tudo tão sem sentido! Tão inútil!
...vou partir, haveis de procurar-me mas para onde eu vou, não podeis vir...
(João, XIII, 33)
Porque é que vós todos tão crentes tendes tão pouca fé?
A criança... a criança é o mais importante no Reino dos Céus.
Concede-me a Palavra...
Este é na verdade o Deus antigo, o de Elias, eternamente o mesmo.
agora a vida começa...
... a vida, sim...
a nossa vida...