Malditos sejais, hipócritas!
Malditos sejais, e tu, e tu também!
Pobres de vós, homens de pouca fé,
Malditos sejais, pois que não acreditais em mim.
...Maldito seja todo aquele que não tem fé,
Pois só aqueles que têm fé entrarão no Reino dos Céus.
Já não há milagres hoje em dia...
Sabe em que é que eu acredito?
Que acontecem muitos pequenos milagres invisíveis.
Deus ouve as nossas preces, mas concede os seus favores ocultamente.
Reuni os pedaços. Que nada se perca.
Tu homem de fé, nem tu próprio acreditas. As pessoas crêem no Cristo morto,
Mas não no Cristo vivo.
O que é que não suportais em nós?
-Primeiro essa treta da conversão.
-Depois essas caras amarguradas
-Depois essas caras amarguradas
-Vocês são os Cristãos alegres e folgazões,
Enquanto nós somos as almas graves e melancólicas.
Mas se é um cristão alegre, porque anda sempre com esse ar tão triste e solene? Eu sinto-me livre e contente, sei que Deus me receberá no Paraíso.
-Enquanto as pessoas como nós estão condenadas aos tormentos eternos do Inferno,
não é?
O Senhor com a ampulheta e a segadeira...
O próprio Deus desceu até nós,
Com a sua segadeira e a ampulheta.
Não, não, isto é uma loucura...
E, contudo, quem pode distinguir a loucura da razão?
-Está a ficar mais próximo de Deus
Só precisa de dizer a palavra.
Anda à procura de uvas no meio dos espinhos e não dá atenção à vinha que tem junto de si.
Tu, criança, deste mundo!
...apesar de ser assim, não os faz. Os milagres são contra-natura. Ele não pode contrariar-se a si mesmo.
É tudo tão sem sentido! Tão inútil!
...vou partir, haveis de procurar-me mas para onde eu vou, não podeis vir...
(João, XIII, 33)
Porque é que vós todos tão crentes tendes tão pouca fé?
A criança... a criança é o mais importante no Reino dos Céus.
Concede-me a Palavra...
Este é na verdade o Deus antigo, o de Elias, eternamente o mesmo.
agora a vida começa...
... a vida, sim...
a nossa vida...