1 Pepperpot: What's that on top of the telly-vision set?
...
2 Pepperpot: (matter-of-factly) Looks like a penguin
...
2: It's been a long time there, now, has it?
1: What's it doin' there?
2: Standin'!
1: I can see that!
...
1: If it laid an egg, it would roll down the back of the telly-vision set.
2: Ummmm. I hadn't thought of that. 1: Unless it's a male.
2: Yes. It looks fairly butch
...
1: Per'aps it's from next door.
2: NEXT DOOR?!? Penguins don't come from NEXT DOOR! They come from the Antarctic!
....
1: They don't stamp animals "property of the zoo"!! You can't stamp ahuge lion "property of the zoo"!!
2:...They stamp them when they're small.
1:...What happens when they moult?
2: Lions don't moult.
1: No, but penguins do. THERE! I've run rings around you logically.
2: OOOOH! INTERCOURSE THE PENGUIN!!!
To the step over the low wall that divides
Road from concrete walk above the shore
Brings sharply back something known long before-
The miniature gaiety of seasides.
Everything crowds under the low horizon:
Steep beach, blue water,towels, red bathing caps,
The small hushed waves' repeated fresh collapse
Up the warm yellow sand, and further off
A white steamer stuck in the afternoon-
Still going on, all of it, still going on!
To lie, eat, sleep in hearing of the surf
(Ears to transistors, that sound tame enough
Under the sky), or gently up and down
Lead the uncertain children, frilled in white
And grasping at enormous air, or wheel
The rigid old along for them to feel
A final summer, plainly still occurs
As half an annual pleasure, half rite,
As when, happy at being on my own,
I searched the sand for Famous Cricketers,
Or, farther back, my parents listeners
To the same seaside quack, first became known,
Strange to it now, I watch the cloudless scene:
The same clear water over smoothed pebbles,
The distant bathers' weak protesting trebles
Down at is edge, and than the cheap cigars,
The chocolate-papers, tea-leaves, and, between
The rocks, the rusting soup-tins, till the first
Few families start the bach to the cars.
The white steamer has gone. Like breathead-on glass
The sunlight has turned milky. If the worst
Of flawless weather is our faling short,
It may be that trough habit these do best,
Coming to water clumsily undressed
Yearly; teaching their children by sort
Of clowing; helping the old, too, as they ought.
Para a praia
Avançar sobre o murete que separa
A estrada do passeio à beira mar
Recorda, vívido, o que em tempos conheci:
A alegria em miniatura das praias.
Tudo se amontoa sob um baixo horizonte:
Praia íngreme, mar azul, toalhas, toucas garridas,
Desmaio sussurrado e repetido de ondinhas
Sobre a areia clara e quente, e mais ao longe,
Encalhado na tarde, o casco branco de um vapor-
E ainda é assim, tudo, tudo é assim!
Deitar-se, comer, dormir com as ondas em fundo
De ouvidos nos transistores, um som remansado
Debaixo do céu),ou levar pela mão,para baixo e para cima,
Meninos acanhados, de folhos brancos
E agrarando-se ao ar imenso: ou empurrar
Velhos hirtos em cadeiras de rodas, para gozarem
Um último Verão- tudo isto ainda acontece,
Em parte um prazer de cada ano, em parte um ritual,
Como quando, feliz por estar só, eu procurava
Na areia cromos de Jogadores de Cricket,
Ou, muito antes, os meus pais se conheceram
Ao som do mesmo cacarejar de praia.
Alheio agora a tudo isso, observo a cena sem nuvens:
A mesma água límpida sobre seixos polidos,
Ao longe a voz dos banhisa em portestos agudos,
Já no limiar e depois os charutos baratos,
Os papéis de chocolates, as folhas de chá e, entre
As rochas, as latas a enferrujar, até que umas poucas
Famílias começarm o caminho de volta aos carros.
O vapor branco já partiu. Como vidro embaciado,
A luz do sol esbranquiçou. Se a pior coisa
De um tempo imaculado é não estarmos à altura,
Pode ser que com o hábito esta gente refine,
Vindo a banhos tão sem jeito despida
Ano após ano, ensinando os seus filhos com uma espécie
De momice; e ajudando os velhos, também, como deve ser.
Philip Larkin, Janelas Altas, Ed. Cotovia, 2004 (trad. e intr. Rui Carvalho de Homem).
«Henri Cartier-Bresson écrira à Joan, la fille de Munkacsi: "en 1931 ou en 1932, j'ai eu l'occasion de voir une photo de ton père où trois enfants noirs courent vers la mer. Je dois dire que c'est cette photo qui comme une étincelle m'a embrasé. J'ai soudain compris que la photographie peut fixer l'éternité dans un instant. C'est la seule photo qui m'ait influencé. Il y a dans cette image une telle intensité, une telle spontanéité, une telle joie de vivre, une telle merveille qu'elle m'éblouit encore aujourd'hui."»
posted by camponesa pragmática on 13:11
quinta-feira, agosto 05, 2004
do aphrodisiacs works?
Bobo: Tenho de ser rápido a pensar antes que apareça aí a Renascença e ainda vamos todos ser pintados...
Bobo: Sim, meu Senhor. Seja um bom rei, sim... e vá buscar-me um copo de água.
Rei: continuo a pensar que ele não tem piada...
Bobo: tenho umas piadas novas para si, meu Senhor.
- O que é preto e branco, preto e branco, preto e branco, preto e branco, e preto e branco?
- Uma freira a cair pelas escadas abaixo.
28º 05' de longitude oeste e a 39º 05' de latitude
Está na hora de fazer as malas. Se não me perder nas coordenadas, volto um dia destes.
posted by Anónimo on 16:17
As formas de Rosa
As formas de Rosa
lembram-me peixes.
Elas são brancas, lácteas,
as formas de Rosa
são pura razão.
Nas formas de Rosa
estão os peixes, o lago, o arco, o mar,
está um bocado de Céu a sombrear,
e eu amo Rosa.
Quero Rosa. Rosa quer-me a mim amar.
Eu sei que há entre mim e Rosa
um romance que nunca chegou a começar
e eu então ao pensar em Rosa
faço rios, fios de poesia e falo-lhe sem ser em prosa.
Porque um dia Rosa há-de ser minha
na concepção que tinha
à esposa que nunca tive e não quero
faço a amante
e é aí que desespero.
Que neste poema cante o que quero.
Nas formas de Rosa estão os peixes que me altero.
Olha o que eu encontrei e lê com atenção a explicação da imagem.
"Zem looks out of an historical window. It is the site of the Second Prague Defenestration. In 1618, protestants rebelling against the tyrannical restrictions imposed on them by the Catholic Emperor, threw out his envoys out of this window down to the moat below (the word "defenestration" was coined by a previous action in Prague; it means "being thrown out of a window"!) The envoys survived the fall by landing in the filth accumulated outside, but angrily humiliated sent word to the Emperor, who Took Measures." - continua aqui.
posted by camponesa pragmática on 11:56
Il est des salles de cinéma de banlieue vides comme des hangars, et belles comme un embarcadère du rêve. Ce sont celles que je préfère. Les grands établissements du boulevard, avec leurs fauteuils de velours rouge, et leur architecture d'opéra-comique, où les dorures s'écroulent sur le fromage à la crème des cariatides, sont laids et antipathiques. Les plus beaux films y perdent en sauvagerie, et pourtant l'obscurité dissimule ces horreurs théâtrales. À quoi sert d'ailleurs le luxe de ces salles, qui ne valent que par leurs ténèbres.
Tandis que les salles pauvres, celles dont la peinture s'écaille un peu, qui dissimulent leur lèpre sous les belles affiches de films, possèdent une véritable atmosphère d'émotion et d'aventures.
Je me souviens de cette salle de Levallois, aujourd'hui disparue, où je vis projeter Le Club des valets de coeur et Fantômas. Elle était si grande et si vide que les cris des assistants y résonnaient comme dans une vallée. Tout au fond, un orchestre s'évertuait à des bruits discordants, comme un orchestre de paquebot en train de sombrer, et dont les musiciens, par une tradition qui ne s'est jamais éteinte depuis le drame du Titanic, continuent à jouer la valse commencée.
Tout y était sous-marin, vague, irréel.
Une autre du boulevard Saint-Denis, l'une des plus anciennes, ressemble à une chambre d'hôtel, dans un pays où l'on ne passe qu'une nuit, une de ces chambres d'hôtel, qu'on ne voit qu'à la lueur pale d'une lampe électrique trop faible ou, au matin, dans l'aube froide qui se glisse par les fentes des rideaux, parmi les échos des trams qui passent en hurlant, et le bruit des sabots d'un paysan sur le pavé sonore.
Je connais encore une vieille salle de Montmartre que fréquentait déjà Guillaume Apollinaire. Elle est meublée comme une serre. De grandes poutres de fer quadrillent son plafond, et de minces colonnes de fonte soutiennent son balcon.
Les fauteuils d'osier crient lorsqu'on s'assoit, et deux porte mystérieuses encadrent l'écran.
C'est là que j'aime voir les films, là qu'ils apparaissent dans leur splendeur merveilleuse, tandis que les salles luxueuses sont de grands salons ennuyeux où les films n'apparaissent qu'en attraction pauvre et déplacée.
Nos meados do século dezassseis, vivia nas margens do Havel um negociante de cavalos chamado Michael Kohlhaas, filho de um mestre-escola, um dos homens mais correctos e ao mesmo tempo mais terríveis do seu tempo. Este homem pouco vulgar teria podido ser considerado, até aos trinta anos, um modelo de bom cidadão. Possuía uma quinta numa aldeia que ainda hoje usa o seu nome e ali vivia tranquilamente ganhando a vida com a sua profissão; crescera no temor de Deus e educava os filhos que a mulher lhe dava no respeito pela lealdade e pelo trabalho; nenhum dos seus vizinhos tinha que dizer da sua generosidade e honestidade. Resumindo: o mundo decerto viria a abençoar-lhe a memória se não tivesse acontecido ele exagerar numa das suas virtudes: o sentimento inato da justiça transformou-o num salteador e num assassino.
Já sabia ao que ia, já conheço o jeito do senhor Michael Moore. Masoquismo? Ontem à noite, coisa rara de se ver (aliás, pensando bem, nunca vista), a sala do Nun'Álvares estava completamente cheia. Passei os olhos pela assistência, tinham cara de quem se ia divertir um bom bocado e assim foi, houve um fartote de gargalhadas. Voltando ao que interessa, em termos cinematográficos o filme é mau, está ao nível dos piores realitys shows; Michael Moore brinca com a montagem e com o mau gosto, é boçal e arrivista.
Ao nível ético, bom, aí "Farenheit 9/11" é desprezível. Os assuntos que trata são graves e tristes e não podem, de modo algum, ser abordados com graçolas. A maneira como ele filma a transformação da sua vizinha de Flint é das coisas mais nojentas que já vi. No fim, algumas pessoas aplaudiram e eu não percebo, sinceramente não percebo, o que é que aplaudiram. Sobre George Bush, sobre os negócios por trás das guerras, sobre a crueldade humana, sobre tudo isso o filme não diz nada de novo. Os fins não justificam os meios. Isto não é um documentário. O Quentin Tarantino, em Cannes, estava a gozar connosco, só pode.
O que salvou a noite? O cartaz do "Triplo Agente", de Eric Rohmer, prometido para 26 de Agosto e a apresentação de "O Regresso" de Andrei Zvyagintsev.