sexta-feira, dezembro 12, 2003
ondas curtas (unanimidades)
1. Lhasa, para ouvir aqui (CON TODA PALABRA, LA CONFESSION, MY NAME) e também na Radio Canada. A entrevista é banal, percebe-se que é de circunstância, mas serve para ouvir Lhasa, a acrobata falar, num francês rouco, sobre o circo e sobre Tom Waits, o malabarista. E ri-se.
No próximo ano ela estará em Paris (23 e 24 de Março) e mais para o fim do ano vem cá, não é Luís?
2. Por detrás da blogosfera, há outra, surpreendente e magnífica. Para ler à socapa pois diz-se que a sua leitura desenfreada pode provocar terramotos no Chile. (Ver post aa 10/12/2003, 22:54)
3.
Também nos juntamos ao coro: é obrigatório ir ao King ver o genial João César Monteiro (no Porto vai ser no Nun’Álvares, de 2 a 8 de Janeiro).
Que pensar de tudo isto? Em primeiro lugar, que a vida está má para os pobres. Depois que, nisto ou naquilo, vivemos todos muito ocupados, inclusive na falta de ocupação. Por último, que enquanto, pela parte que me toca, passo o tempo, como agora e aqui, a acariciar o meu dilatado egozinho e a fornecer de mim imagens razoavelmente aliciantes, como estas, existem pessoas bem mais obscuras que, discreta e devotadamente se vão ocupando de mim e do meu glorioso destino o que, aliás, não é novo. Parece que tem sido uma constante da História.
Assim sendo, resta-me reconhecer a solidão moral de uma prática cinematográfica cavada na dupla recusa de ser uma espécie de carro de aluguer da classe mais favorecida e, o que é mais grave, de trocar essa profunda exigência por toda e qualquer forma de demagogia neo-fadista que transporte e venda a miserável ilusão de servir outra coisa. A Certidão, pelo próprio, aqui.