O meu computador ficou paralítico nos últimos dias e eu impossibilitada de abrir esta janela. Confesso que já andava com saudades de andar por aqui e por aí blogmente. Quando fechei a Janela na última vez, falava-se da generosidade, da generosidade da indiscreta Cristina, no Blog de Esquerda. Também quero falar nela-dela.Não vou fazer nenhuma ode à Cristina. Só quero sublinhar,de novo, mais uma vez, e nunca é de mais. Também sou uma vítima da generosidade dela (ehehe). Há dois anos, salvo erro, andava quase-desesperada à procura da Persona de Ingmar Bergman e como não sabia por onde virar, lembrei-me de ir a um fórum de cinema. Pessimistamente lá deixei o post. Cristina apareceu logo e na terceira mensagem lá disse "tenho o filme gravado e posso emprestá-lo". Fiquei banzada porque não contava com nada daquilo. Deu-se ao trabalho de fazer uma cópia do filme pra mim. Ela é mesmo de uma grande generosidade. Quando a conheci, pensava que já não existiam mais pessoas como ela. (Preciso de trazer pra aqui o ensaio sobre o individualismo contemporâneo, a indiferença, o narcisismo de que nos fala Gilles Lipovetsky). Por agora não quero dizer mais nada. Também não quero tornar isto um diário sentimental. Mas já que falamos tanto dos outros, porque também não falarmos das pessoas que fazem este blog. Já agora, Cristina, eu vou voltar. E também ao Baudelaire...... :)
Quero agradecer o e-mail do Rui Amaral que veio a acrescentar mais algumas informações sobre a obra de Hermann Broch. Já agora, se quiser escrever algum texto sobre o escritor, nós o colocaremos aqui, com todo o gosto. Hermann Broch é também um escritor que me interessa. Recomendo vivamente uma leitura da sua obra-prima "A Morte de Vergílio" (editados pela Relógio d'Água), "uma obra de uma paciência admirável, moral e politicamente informada, que põe à prova os limites da linguagem, a incapacidade da linguagem, ainda que ao mais alto nível de inspiração, no que se refere ao alívio do sofrimento humano. Num sentido quase wittgensteiniano, o Virgílio de Broch acaba por realizar por apreender existencialmente, que o essencial, a revelação da morte, reside precisamente do outro lado da palavra. Acresce que só a acção, e não as palavras, pode dar à morte um sentido humano" (George Steiner, Gramáticas da Criação).
Já agora:
Não é que o Vaco Graça Moura "panteramente" apareceu no Abrupto. Adorei!........
Gostei de ver tanto Lorca. Obrigado, indiscreta Ana!:)
As fotografias dos belos Jacarandás lisboetas da Ana são lindas! E com versos do Daniel Faria mais bonito ficou. Muito obrigado!
Cristina, libertaste hoje o livro de ilusões do Paul Auster? Diz que não. Porque se é sim, eu inscrevo-me logo.
Também já tenho o programa Cinema fora do Sítio (grande iniciativa). E vou ver “Os respigadores e a respigadora”, tenho de rever um dos meus filmes favoritos “Disponível para amar”. Este filme é mesmo imperdível. E o “Mulholland drive” é outro A não perder mesmo!