Algures alguém viaja furiosamente ao teu encontro,
A uma velocidade incrível, viajando dia e noite
Por entre nevões e calores do deserto, transpondo correntes, atravessando desfiladeiros.
Mas saberá ele onde te encontrar?
Reconhecer-te-à, quando te vir?
Dar-te-á a coisa que tem para ti?
Aqui quase nada cresce,
E contudo os celeiros estão a abarrotar,
As sacas de grão empilhadas até às traves do tecto.
Os ribeiros correm docemente, engordando o peixe;
Pássaros escurecem o céu. Será que basta
Deixar a malga de leite lá fora à noite,
Pensar nele às vezes,
Às vezes e sempre, com sentimentos confusos?