domingo, abril 04, 2004
Há um poema de Tonino Guerra, traduzido pelo Alexandre O’Neill (ver introdução de Vicente Jorge Silva n’ O Livro das Igrejas Abandonadas, Gato Maltês #31). Já o publiquei em Outubro mas nunca o publiquei em Abril, por isso aqui fica, dedicado à Sandra:
O Banho dos Pobres
Os pobres da minha terra
tomam banho no rio
e estão de molho na água
um dia inteiro.
Ali há muito ar muito sol muitos borrifos.
Voltam quando é noite
Encontram outra vez as velhas casas
com as cabeças dos gatos aos janelos
e toda a água nos cântaros represa.