Foi a imagem do Joseph Beuys. Impressionou-me vê-lo ao alcance do coiote. Fiquei a pensar no medo, toda a tarde. Lembrei-me dos lugares comuns: os pesadelos, as trovoadas, as ondas gigantes, o homem do saco. E depois percebi que para além de tudo isso que existe fora de nós e nos assusta também temos medo de nós próprios, do que podemos vir a ser. O estranho é que é na mesma o medo do outro. Aquele que viremos a ser é outro diferente do que somos agora. Já está escuro, vou para casa.