Ela caminha, escreve Peter Morgan.
Como não voltar? É necessário perder-se. Eu não sei. Tu aprenderás. Eu queria uma indicação para me perdeer. É necessário não ter segundas intenções, dispor-se a não mais reconhecer nada do que se conhece, dirigir os passos para o ponto mais hostil do horizonte, espécie de vasta extensão de pântanos que mil taludes atravessam em todos os sentidos não se sabe porquê.
Ela fâ-lo. caminha durante dias, segue os taludes, deixa-os, atravessa a água, caminha a direito, volta-se para outros pântanos mais distantes, atravessa-os, deixa-os por outros ainda.
É ainda a plánicie do Tonlé-Sap, ela reconhece ainda.
É necessário aprender que o ponto do horizonte que nos levaria a atingi-lo não é sem dúvida o mais hostil, mesmo se assim se julgar, mas sim o ponto que não se pensaria de modo algum em julgar que o é.
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