E por baixo dos disfarces e das palavras, no meio da música e dos pares que volteiam sem se conhecerem, e até por vezes sem sequer conseguirem recordar-se de quem eram antes da festa, suspeitar que há alguns que acreditam, pelo menos vagamente, que
«Amor significa aprenderes a olhar para ti próprio,
Da mesma maneira que olhamos para as coisas distantes,
Para ti és apenas uma coisa entre muitas.
E aquele que assim vê, cura o seu coração,
Sem o saber, de vários males [...]»
(Czeslaw Milosz, p.80)
*Todas as citações dos meus posts retiradas da antologia Qual É a Minha ou a Tua Língua? – Cem poemas de amor de outras línguas (Assírio & Alvim), que, por mero acaso, acabei de ler neste fim-de-semana de Carnaval.