1. "Sou um drogado do cinema. Fazer filmes é simplesmente um modo de justificar a minha existência aqui e agora", diz Saguenail ao JN. E continua: "Metade do Porto é um sonho americano importado. A outra metade é ruína", e diz ainda mais...
2. “A minha actividade submarina tinha a ver com uma espécie de tranquilidade porque a água do mar é, por sinal, muito parecida com o líquido amniótico, e por uma ameaça, porque respirar debaixo de água é uma coisa completamente paradoxal. Mas isso vinha do meu amor pelo mar. Nas fotografias, a água, os rios, o gelo... já reparou que um charco que reflecte luz é um paradoxo "in se"? É que a luz que vem de um charco vem de baixo para cima em vez de vir de cima para baixo. Daí o meu fascínio pelos charcos. Ainda hoje, quando vejo uma poça de água (risos), vão para ali as tentativas... “
Gérard Castello-Lopes entrevistado por Kathleen Gomes no Público a propósito de "Oui Non" uma ampla retrospectiva da sua obra que inaugura hoje no Centro Cultural de Belém. A não perder, ambas.
3. “A relação de um simples soldado com uma hierarquia militar limitativa, sempre em tensão, pode ser vista como uma metáfora da relação entre o indivíduo e a sociedade, sempre cheia de regras de convivência e de comportamento. Depois há o amor, a desilusão, o ciúme, um conjunto de emoções que levam muitas vezes a atitudes irreflectidas, mas genuínas, boas ou más. No fundo o que passa por "Woyzeck" é a natureza humana, com toda a sua crueldade, ternura, fraqueza”, dizJosef Nadj, que anda por aí (Évora, Viseu e Lisboa) a dançar Woyzeck.