terça-feira, janeiro 27, 2004
a arte de não furtar
Apesar de grego, não o roubei, trouxe-o emprestado da Biblioteca. Tassos Denegris nasceu em Atenas em 1934, escreve poemas, não muitos, dizem que é de "parcimoniosa escrita". Em 1992 esteve em Vila Real na Casa de Mateus e do encontro saiu este livro "A Outra versão", editado pela Quetzal (colecção Poetas em Mateus) onde entro,
Descendo
Eu que deveria
Fazer isto e aquilo
Por vezes quase
Desespero
Caio numa doença extravagante
Os meus ossos enlouquecem totalmente.
Lá fora, um inverno insólito
E a paisagem
Tal como a minha imaginação a quer:
Cor ocre
Duas figuras caminham rente ao muro
O meu pai
Caçador na Eubeia
E eu criança de cinco anos com as cartucheiras.