Foi um suicídio longamente premeditado, pensei, e não um acto espontâneo de desespero.
O Glenn Gould, o nosso amigo e o mais importante virtuoso do piano do século, também só fez 51 anos, pensava eu ao entrar na estalagem. Só que esse não se matou como o Wertheimer mas morreu, como se costuma dizer, de morte natural. Quatro meses e meio em Nova Iorque e sempre, sempre as Variações de Goldberg e A Arte da Fuga, quatro meses e meio de «Klavierexerzitien» como o Glenn Gould dizia repetidamente e sempre só em alemão, pensava eu.
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Traduzido (a partir do alemão) por Leopoldina Almeida, editado pela Relógio d’Água (sim, a editora que gosta de blogs) e emprestado pela Lídia... Do you want a schnapps, Lídia?