segunda-feira, outubro 06, 2003 Giorgio Morandi, Natura morta, 1949, olio su tela
Palavras e cores
(Joan Vinyoli, Barcelona 1985)
É estranho que esta homenagem à sua memória
coincida com uma exposição de Morandi
e hoje, no mesmo jornal, os vossos nomes me recordem,
em tempos de multidões, paixão tão solitária.
Tanta vida em traços tão precisos,
o som de uma velha palavra, a cor de uma garrafa,
limpos, como se estivessem a nascer.
Palavras e cores, tenaz presença tão efémera,
enganosa derrota da morte e dos seus ritos.