Gosto das coisas despidas. Do chão sem tapetes onde essenciais são os pés a sustentar o equilíbrio do corpo. Da água e do gesto de beber. Do carro que leva até à praia. Da roupa que aquece. Da janela que acolhe e recusa o vento, o som da rua, o calendário das árvores e que só existe porque há vento, rua, árvores. Da máquina fotográfica depois e só depois dos olhos. Faz-me impressão que um homem não se conceba, antes e além de tudo, nu no mundo.