Quem somos?

Ana Alves
António Rebelo
Cristina M. Fernandes
Lídia Pereira
Luís Rei
Marta Almeida
Paulo Azevedo
Zazie

Colaborador de estimação

Repórter Lírico

Nadador-salvador

Henri Michaux

Desaparecido

Escrivão Bartleby


janela_indiscreta@hotmail.com

on-line

 
Arquivos
<< current





Pesquisar os arquivos da Janela:


[pesquisa disponibilizada pelo serviço FreeFind]

 

SALA DE EXPOSIÇÕES

Boogie Woogie



SALA DE LEITURA

a poesia vai acabar



HÁ UM TRAÇO AZUL

IF no ar

um som profundo do Outono

IF (8 abril 2004)

IF (verão 2004)



O NOSSO CORRESPONDENTE
EM COIMBRA


innersmile



ACTUALIDADES

Frescos



BLOGS CÁ DE CASA

A aba de Heisenberg

¦a¦barriga¦de¦um¦arquitecto¦

Abrupto

A Causa foi modificada

A Corneta

Adufe

A formiga de langton

A Espuma dos Dias

A Lâmpada Mágica

Almocreve das Petas

A memória inventada

A Montanha Mágica

A Natureza do Mal

António Reis

aoeste

A Oeste Nada de Novo

Apenas um pouco tarde

A Praia

avatares de um desejo

Aviz

Barnabé

Beco das Imagens

Bisturi

Blasfémias

Blog de Esquerda

Blogue dos Marretas

Borras de Café

Campo de Afectos

chafarica iconoclasta

cócegas na língua

Conta Natura

Contra a Corrente

Conversas de Café

Crítico

Crónicas da Terra

Cruzes Canhoto

daily dose of imagery by Sam Javanrough

desassossegada

Dias com árvores

Don Vivo

Dragoscópio

Driving Miss Daisy

Engrenagem

Epicentro

Epiderme

Errância

Espigas Reloaded

esplanar

flux+mutability

Fora do Mundo

Ford Mustang

freira dadaísta

Fumaças

Gávea

Glória Fácil

Grande Loja do Queijo Limiano

Guil

Hipatia

Húmus

Indústrias Culturais

Íntima Fracção

Juramento sem Bandeira

Kafka Sumiu em Belo Horizonte?

laranja amarga

Leitura Partilhada

little black spot

MacJete

martaverissimo.net

Mar Salgado

Modus Vivendi

¦Murmúrios do Silêncio¦

Não esperem nada de mim

No Arame

Nocturno 76

Notícias do cais

Oceanos

O céu ou las vegas

O céu sobre Lisboa

O Cheiro a Torradas pela Manhã

O Farol das Artes

O Gato Fedorento

O Intermitente

Os Espelhos Velados

OzOnO

Palavras da Tribo

Pastilhas

Percepções do meu olhar...

Pessoas de Romance

Planeta Reboque

Prazer Inculto

Quartzo, Feldspato & Mica

quase em português

rainsong

Reflexos de Azul Eléctrico

Retorta

roda livre

Ruialme

Seta Despedida

saudades de antero

Silencio

Sous les pavés, la plage!

Tempo Dual

Textos de Contracapa

Thelma & Louise

There's Only 1 Alice

Timewatching

tomara que caia

torneiras de freud

triciclofeliz

um mundo imaginado

Vermelhar

UmbigoNiilista

UmblogsobreKleist

universos desfeitos

Vidro Azul

Vila Dianteira

Viver todos os dias cansa

Voz do Deserto

Welcome to Elsinore

What do you represent

100nada



GONE WITH THE WIND

A Coluna Infame

Alfacinha

Bicho Escala Estantes

Caim & Abel

Desejo Casar

Dicionário do Diabo

Espigas ao Vento

Flor de Obsessão

intrusos

Kafka Sumiu em Belo Horizonte

Lérias...

My Moleskine

O Companheiro Secreto

Outro, eu

O tal Canal

Pintainho


Janela Indiscreta
 
quinta-feira, outubro 09, 2003  


«Cruz Vermelha Deita na Lixeira Várias Toneladas de Roupa Nova
Por CARLOS DIAS

O núcleo da Cruz Vermelha de Castro Verde depositou na lixeira de S. Brás, em Ourique, cerca de seis toneladas de roupa, a maioria da qual nova. A insólita decisão fez com que, no passado domingo, o local se tenha enchido de habitantes das redondezas, que disputaram entre si vestuário e calçado de marca.

A presidente da Cruz Vermelha de Castro Verde, Maria José Rita, justificou o sucedido perante a Câmara de Ourique com "uma avaria num camião que já se encontrava carregado com caixas de roupa que a chuva estragou". Na sua versão dos acontecimentos, os funcionários da associação humanitária dirigiram-se primeiro a uma lixeira em Odemira. Mas não puderam deixar lá a roupa, porque o local "se encontrava encerrado". Eram cerca de 14h00 de sábado. Foi então que perceberam, "ao chegar ao concelho de Ourique, que a lixeira de S.Brás se encontrava aberta sem qualquer vedação que impedisse o acesso". A lixeira encontra-se em processo de selagem. Maria José Rita acrescentou que a decisão de não transportar a roupa para o aterro intermunicipal de Beja se deveu ao facto de ali se pagar uma taxa.

Instado a comentar este estranho procedimento, o presidente da delegação de Beja da Cruz Vermelha, Estevão Dinis, diz que a decisão dos seus colegas foi "errada". "Não é da nossa orientação proceder deste modo", acrescenta. "Devemos contudo salvaguardar as doações de roupa em condições e enviá-la para onde faça falta".

Apesar de tudo, sempre houve quem aproveitasse roupa disponibilizada de forma tão insólita. Cristiano José dirigia-se à sua propriedade, nas proximidades da lixeira, a cerca de seis quilómetros da vila de Ourique, quando se deparou com uma mole humana, que disputava entre si as mais variadas peças de roupa, calçado e brinquedos.

Como a vida por aquelas bandas não está nada fácil, as pessoas agradeciam aos céus a inesperada dádiva. Cristiano José conta que o depósito de lixo se tinha transformado num mercado. "Vi caixas e mais caixas de roupa, talvez para aí uma centena, serem abertas pelo povo", relata. Algumas traziam indicação de terem sido embaladas no ano 2000.

Completamente "esparvoado" com o que se estava a passar, depressa se viu envolvido naquela azáfama de gente a provar casacos e calças. "Este é de marca", gritava uma mulher. "Eu também já tenho um blusão", respondia outra. Pelos cantos, encostados aos chaparros que circundam o aterro, experimentavam-se sapatos. As crianças açambarcavam brinquedos. Dada a fartura, o problema estava na escolha. Houve quem chegasse à lixeira com uma roupa e saísse com outra, "lingerie" incluída, assegura Cristiano José."Aquilo eram milhares de peças de roupa e de brinquedos".

A notícia correu célere e chegou aos ouvidos de Manuel Afonso, morador em Ourique, que começou por duvidar que existisse "uma boutique assim". Arrancou para o local já à noite. O que viu deixou-o espantado. Depois de um dia escolha, o refugo era de gritos. Pelas suas contas, estaria ali "uma camioneta de roupa".

"Ainda vi camisas nas caixas, novinhas. Agarrei numa caixa bem recheada e trouxe-a para casa", diz. Na passada segunda-feira, quando os trabalhadores envolvidos na selagem da lixeira chegaram ao local ainda conseguiram ver, depois da invasão da véspera, "uma quantidade enorme de roupa nova, cuidada, dentro de dezenas de caixas", conta João Oliveira, administrador-delegado da associação de municípios que gere o recinto Algumas tinham ainda preço e o nome do armazém de origem.

A Câmara de Ourique alertou a GNR, que se deslocou ao local e tirou fotografias para investigação. Ontem, ao final da tarde, a Cruz Vermelha de Castro Verde contactou a autarquia para lhe contar o que tinha feito.

Porcos mortos e leite estragado

Não é a primeira vez que acontecem nesta lixeira episódios fora do comum. Em Março foram ali foram enterradas duas dezenas de carcaças de porcos, já o espaço estava interdito à deposição de lixo. Recentemente foram ali depositadas centenas de pacotes de leite deteriorado, que um agricultor aproveitou para alimentar os suínos da sua exploração.

Caixa

Presidente da instituição fala em "irresponsabilidade fantástica"

O presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Nogueira de Brito, mostra-se chocado com o que sucedeu em Ourique. "Esta situação afecta-nos muitíssimo e sobretudo afecta a confiança das pessoas na nossa organização", declarou ontem. "Vamos averiguar o que se passou para apurarmos responsabilidades e tomar medidas, que têm que ir até às últimas consequências". Para Nogueira de Brito, a atitude do núcleo de Castro Verde "é de uma irresponsabilidade fantástica".
» © PÚBLICO.PT

posted by camponesa pragmática on 11:14


 
Feedback by blogBack This page is powered by Blogger.