Não tem todos os livros que eu quero ler e o horário não é muito jeitoso para quem trabalha mas estes são os únicos defeitos que encontro na Biblioteca Municipal Almeida Garrett. Fora isso, gosto do edifício (desenhado por José Manuel Soares), do tapete de cascalho que rodeia a entrada, da parede feita de troncos e das janelas rasgadas para os jardins do Palácio de Cristal. Gosto das cadeiras, dos sofás e dos candeeiros. Mas o que eu gosto mesmo é de andar por entre as estantes a ver as lombadas, a folhear, a escolher os livros que trago para casa. E têm sido muitos: JD Sallinger , Philip Roth, Seamus Heaney, Paul Celan, Wallace Stevens, Francis Ponge, Jack London… estão lá todos à nossa disposição.
Por brincadeira costumo chamar-lhe a “nossa biblioteca nórdica” porque aqui a burocracia é menor, reina o à vontade e a boa educação e há vestígios de Alvaar Alto. Dá gosto frequentá-la.