Há umas noites apanhei um espectáculo de tambores que andava a correr o Bairro Alto e, apesar da pressa, achei excelente o facto de me terem barrado o caminho para o restaurante. Uma lição de ritmo é sempre bem vinda, mesmo porque saber o que é e sentir o que é são coisas bem diferentes. Eu penso que o ritmo fica antes de todas as coisas e que sem ele não há a básica e essencial alegria de estar aqui, nem música, nem poesia, nem teatro, nem fotografia, nem pintura, nem qualquer esperança de redenção. O ritmo está necessariamente antes de toda a criatividade, que alimenta, é inerente ao mundo, está na sucessão das noites e dos dias, das estações, nos sons do mar, nos gestos e na voz das pessoas, no movimento das cidades. Há quem compreenda isto. Há quem o demonstre muito bem. Façam pois o favor de clickar fervorosamente no link do Crónicas da Terra e ler o que diz o Luís sobre Orlando Cachaito Lopez, o ‘homem-ritmo’ (lindo elogio, Luís!), e sobre este seu incontornável cd: