sexta-feira, julho 11, 2003
Da irresistibilidade dos quiosques
1 - Por que é que um quiosque com jornais, numa estação de comboios, é um lugar irresistível? Nos aviões, distribuem a imprensa de cada dia, uma das últimas regalias que ficaram de tempos idos (é verdade que são cada vez menos e, se o avião vai cheio, raramente chegam ainda além da fila 15). Nos comboios não. Também já não há ardinas para os apregoar às janelas. De modo que, naqueles poucos minutos entre a compra do bilhete e o salto para o comboio, a busca do jornal é quase compulsiva. Já assim acontecia há muito mais de quarenta anos, quando ainda não tinha nascido ninguém e eu apanhava, na estação de Sintra, o comboio das 7 e 30, que chegava ao Rossio às 8 e 10. 40 minutos é um bom tempo para a leitura do jornal, fosse ele "O Século" a contar da morte de Pio XII e dos primeiros passos da república do Iraque, fosse ele "La Repubblica" a contar da morte de Katharine Hepburn ou dos últimos passos depois do fim da república do Iraque.
Mais uma bela crónica do João Bénard da Costa no Público .
Nota pessoal: Foi com alívio que descobri que partilhamos uma estranha fixação no Arnold Schwarzenegger. Também não consigo explicar porque é que gosto do actor mas fiquei mais descansada. Se até o director da Cinemateca caiu nessa armadilha...