Podem ser tristes os europeus mas esta dança não o é, digamos que Jouissez Sans Entraves é o mote certo. São corpos que se movem com uma graça e elasticidade vibrantes, ao som das concertinas dos Danças Ocultas.
O coreógrafo Paulo Ribeiro também dança e às vezes pára para explicar o que é um solo minimal, o que poderão ser as danças do mundo ou até o que não deverá ser a dança contemporânea. Parece um maestro de corpos, um domador de leões com um pózinho dos Monthy Python.
É um espectáculo muito divertido que lembra o circo e também o cinema mudo.
Os músicos – Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel – são excelentes, a iluminação é bonita e, é isto que mais interessa num espectáculo de dança: os bailarinos são muito bons.
Gostei particularmente da Leonor Keil e dos seus movimentos desconexos. Ela é belíssima!
À saída alguém dizia “Foi bestial!”. Pois foi e mais não digo, porque não percebo nada de dança.
Logo à noite, no Teatro S. João, terceiro e último espectáculo.