Uma tarde de chuva, com futebol (de alto gabarito, diria um jornalista desportivo), à porta de casa só podia dar nisto: ou me empanturava de chá e livros (e blogs), ou ia ao cinema. Fui ao Terço (literalmente, com muita fé), ver o último filme do Danny Boyle que me escapou no Fantasporto.
28 dias depois é um pesadelo. “Há qualquer coisa no sangue” diz Selena, uma das personagens. É um vírus que enraivece as pessoas e se espalha a um ritmo exponencial. Os familiares e vizinhos tornam-se nossos inimigos, para sobreviver temos de rever toda a nossa moral e ética. Não gostei das respostas que o filme vai dando, prefiro ficar com as minhas dúvidas. O que mais me impressionou foi encontrar as cidades intactas e as pessoas mortas, sim este pesadelo é pior que o meu, das ondas gigantes.
O filme descamba um bocado nas cenas em que os militares tentam recrear o mundo desde o Adão e Eva. Boyle contrapõe os seus comportamentos brutais com as belas esculturas clássicas que adornam a casa. Já são mensagens e morais a mais.
E agora um espaço publicitário: o Terço (que é uma sala muito fixe e barata) promete bons filmes para Abril:
de 4 a 10 > Chicago, vi a apresentação e passo mas para quem gostar de ver filmes oscarizados…
de 11 a 17 > Gangs de Nova York, parece estrondoso, nem vou ler as críticas, vou esperar para ver.
de 18 a 24 > Inadaptado, o Spike Jonze é um ilusionista, não vou perder