Neste estabelecimento pode-se ler, estudar e fumar
Ontem, para matar saudades, resolvi visitar a zona antiga do Fantas. O Auditório Carlos Alberto deve estar a poucos meses da conclusão, não gostei muito do que vi, mas deve ser um problema meu; a Praça Carlos Alberto continua escaqueirada; o cosmopolita café Luso está fechado; o Progresso foi renovado: tem muita luz, está limpinho e cheio de madeira e continua a servir um óptimo café de saco.
Diz assim Manuel Porto num Tripeiro de 1958 e citado na ementa:
O Café progresso, estabelecimento em que, além do melhor “Moka” do universo, se vendiam “tabacos, jornais nacionais e estrangeiros e o Diário do Governo” abriu as suas portas num lindo domingo, 24 de Setembro de 1899, e foi fundado – afirma um cronista da época – por “meia dúzia de consumidores que, cansados de explorações, resolveram prescindir de quem lhes fornecia géneros avariados para eles os fornecerem, óptimos para si e para os outros”.
O referido café, tornou-se, mais tarde, muito conhecido por nele se reunir quotidianamente a fina flor do professorado portuense”.
Eram cinco da tarde, o café estava cheio de velhotes, dois rapazes que escreviam, um homem que olhava para lado nenhum, algumas mulheres a comerem miritas com meias de leite e eu a copiar a ementa