Fui desenpoeirar A minha Concepção do Mundo de Bertrand Russel e descobri isto:
Pensa que as pessoas gostam de guerras?
Um grande número gosta. Foi um dos factos que me impressionou em 1914 quando começou a Primeira Grande Guerra. Todos os meus amigos pacifistas, com os quais haveria depois de trabalhar, estavam convencidos de que as guerras eram impostas à população pelas maquinações satânicas dos governos, mas andei pelas ruas de Londres, olhei para a cara dos transeuntes e verifiquei que na realidade andavam todos mais felizes do que antes da guerra ter começado. Disse isso mesmo em letra de forma e provoquei profundos exames de consciência entre os meus amigos pacifistas, que não gostaram que o tivesse dito. Continuo convencido de que um grande número de pessoas aprecia a guerra, desde que não lhes passe muito pela porta nem seja demasiado feroz; quando a guerra se instala no nosso próprio território já não é tão agradável.