Acabei de ver um documentário sobre a forma como o Prémio Nobel surprendeu a pequena editora éditions de l’Aube e o próprio Gao Xingjian.
A editora tem uma política editorial muito peculiar, publica escritores que vivem em regimes totalitários, geralmente desconhecidos o que origina pequenas tiragens e muitas dificuldades económicas. Mas, como dizia Jean Viard, um dos sócios das éditions de l’Aube, apesar disso (ou será por causa disso?) têm uma grande liberdade de acção e não sugeriram o corte de 200 ou 300 páginas (como fizeram alguns dos gestores das grande editoras francesas!!) de A Montanha da Alma, simplesmente publicaram.
Roubando, mais ou menos, as palavras de Gao Xingjian: para além do consumo de produtos culturais, para além do marketing, haverá sempre quem goste de literatura.