Na fnac do norteshopping um empregado perverso colocou, dissimulado, o livro de stig dagerman, a nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer, capa negra, da fenda, dez e meio por quinze centímetros, junto àqueles livrinhos cor-de-rosa, cheios de corações, que se oferecem aos namorados e às namoradas que não gostam de livros. A partida pode provocar catástrofes. Espero bem que sim.O que é do mar se os rios se recusam?
Esse mesmo empregado (que aliás, já ganhou a minha maior estima) vasculhou os armazéns e tirou o pó a alguns exemplares de Novíssimas Histórias com Tempo e Lugar - Prosa de Autores Austríacos (1979-2000). É a continuação dos livros já editados pela Europa-América [Histórias com Tempo e Lugar - Prosa de Autores Austríacos (1900-1938)] e pela Afrontamento [Novas Histórias com Tempo e Lugar - Prosa de Autores Austríacos (1945-1960)] e reune textos de (e apesar de outros também o merecerem, é ele que leva o bold) Thomas Bernhard, Alois Brandstetter, Elias Canetti, Paul Celan, Heimito Von Dodererer, Barbara Frischmut, Peter Handke, Franz Innerhofer, Elfriede Jelinek (a quem, creio, devemos agradecer a ressurreição destas histórias), Gert Jonke, Jakov Lind, Christine Nöstlinder e Helmut Qualtinger.
O livro - com excelente coordenação de Ludwig Scheidl - foi editado pela Minerva Coimbra em 2000 e anda por aí, perdido. Custou quatro euros e noventa e oito centimos.
posted by Anónimo on 14:41