O vento subia da ilha, vinha de Capri investindo com força o lado da ilha onde nos encontrávamos. «Como é para vocês o siroco?», perguntei. «É o vento pior. Muda a cara da ilha, tira uma praia de um lado e acrescenta-a no outro. O siroco não é um vento, é uma raiva. O céu desaparece, o ar quente domina a cabeça, não a deixa pensar. Não se deve fazer filhos quando sopra o siroco, nem se devem tomar decisões. Ateia incêndios, põe-se a tanger o sino, não o ouves?» Um som cavo subia a corrente do vento e chegava ténue à praia. «É um vento furioso». O barco de Caia tinha passado o cabo da ilha em frente, deixara de se ver.